Mulheres que correm com os lobos...




Estou revisitando este livro de Clarissa Pinkola Estés, que foi lançado em 1992 e eu li a primeira vez dez anos depois, em 2002. Desde então, ele é um companheiro silencioso na estante. Quando eu preciso lembrar algum recado do arquétipo da mulher selvagem eu releio partes...

É um livro bom quando se está vivendo um processo de mudança. As velhas lendas infantis contêm mensagens importantes passadas às gerações, para alertar sobre armadilhas que corremos o risco de cair quando estamos ainda na fase nebulosa de se redescobrir e decidir sobre um novo rumo...

Recados como não se contentar com pouco, ou não tentar colar os cacos de qualquer jeito... "Há algo na alma selvagem que não nos permite sobreviver para sempre com migalhas. Porque na realidade é impossível para uma mulher que luta pela conscientização respirar um pouquinho de ar puro e se contentar com isso só. Lembre-se de quando voce era criança e descobriu que era impossível cometer suicídio prendendo a respiração? Embora voce procure continuar só com um pouquinho de ar ou sem ar nenhum, os seus pulmões parecem gritar, e alguma força impetuosa e imperativa faz com que voce acabe inspirando o máximo de ar possivel. Voce sorve o ar, voce o engole, até voltar a respirar normalmente".

A autora nos lembra que a nossa psique também tem um mecanismo como esses, que nos impulsiona a ir fundo, a querer a vida em plenitude, a querer curar as feridas para caminhar com tranquilidade e alegria... enfim, é preciso não deixar que a rotina nos consuma, para ter forças de buscar a nossa verdade.

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