Entre a preocupação e o orgulho...
Durante toda a solenidade de despedida dos onze militares do exército, lotados em Alagoas, que vão para o Haiti, o olhar do cabo Alan Roger procurava alguém no meio de parentes e amigos.
A bandeira de Alagoas foi descerrada e entregue ao sargento que vai levá-la durante a viagem. O padre distribuiu as bençãos e o pastor falou em esperançae proteção divina. E Roger ansioso, olhando para o aglomerado de pessoas, sem enxergar o que queria...
O coronel Pinto Sampaio também se emocionou ao falar da missão que os soldados estão indo cumprir, no país devastado pelo terremoto, onde tudo, inclusive a autoestima das pessoas, precisa ser reconstruido.
Depois da cerimônia, os parentes se abraçaram e choraram, divididos entre a preocupação e o orgulho, pela coragem dos homens, ainda jovens, inspirados em exemplos de solidariedade e bravura.
Alan começou a ficar cabisbaixo e foi pegar as bagagens para subir ao ônibus que os levaria à Recife, onde vão se juntar ao pelotão que parte, primeiro para o Rio de Janeiro, e depois para o Haiti.
Mas felizmente eles se abraçaram e se beijaram. O cabo Alan pegou o filho no colo e, reconfortado por essa despedida, partiu mais confiante, certo de que seis meses passam logo, e ainda vai dar tempo de voltar para ver o pequeno balbuciar as primeiras palavras e chamá-lo de papai.
foto: tudonahora - Dona Balbina abraçada ao neto
A bandeira de Alagoas foi descerrada e entregue ao sargento que vai levá-la durante a viagem. O padre distribuiu as bençãos e o pastor falou em esperançae proteção divina. E Roger ansioso, olhando para o aglomerado de pessoas, sem enxergar o que queria...
O coronel Pinto Sampaio também se emocionou ao falar da missão que os soldados estão indo cumprir, no país devastado pelo terremoto, onde tudo, inclusive a autoestima das pessoas, precisa ser reconstruido.
Depois da cerimônia, os parentes se abraçaram e choraram, divididos entre a preocupação e o orgulho, pela coragem dos homens, ainda jovens, inspirados em exemplos de solidariedade e bravura.
Alan começou a ficar cabisbaixo e foi pegar as bagagens para subir ao ônibus que os levaria à Recife, onde vão se juntar ao pelotão que parte, primeiro para o Rio de Janeiro, e depois para o Haiti.
Enquanto isso, dona Balbina, de 74 anos, se abraçava ao neto, soldado Ramos, sem disfarçar o medo e a saudade. Chorava de soluçar e prometia ao netinho rezar todos os dias para que ele volte intacto. Por todos os lados, beijos, abraços e toda a emoção de quem envia parentes para uma situação de conflito.
Quando finalmente já estavam todos no ônibus, o olhar de Alan brilhou e o cabo saltou do transporte para abraçar Ingrid, a esposa, que vinha com o bebê de 2 meses nos braços. Ela também estava aflita, ansiosa. Tivera muito medo de não chegar a tempo. Vinha de uma bairro distante de Maceió e teve problemas com o transporte.
foto: tudonahora - Dona Balbina abraçada ao neto
Morri de remorso por dona Balbina. Morri de alegria por Alan e Igrid. Foi uma matéria muito bacana. =*
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