Números que revelam oportunidades e sonhos...
Estatística costuma ser considerada uma ciência fria e pouco atraente para a maioria dos mortais, mas muitas vezes só entendemos a importância de um fato quando o traduzimos em números. O novo campus da Ufal no sertão é um exemplo.
Todo mundo sabe a importância da implantação de uma universidade federal pública numa área do Estado de Alagoas carente de desenvolvimento e distante de oportunidades de crescimento intelectual e acadêmico. Ficou claro o impacto da realização do primeiro vestibular, pela festa na leitura da listagem dos aprovados, que envolveu toda a cidade de Delmiro Gouveia e circunvizinhanças.
Mas, ao observar os dados estatísticos dos candidatos classificados em 2010, que devem começar a estudar ainda nesse semestre no novo campus, dá para se ter uma idéia melhor da inclusão social representada pela interiorização da Ufal.
Vamos aos números: segundo os dados apresentados pela Comissão Permanente de Vestibular, o novo campus terá um pouco mais de estudantes do sexo masculino, 56,1%, mas as mulheres não ficam muito atrás, representam 43,9% da comunidade estudantil.
Apesar de terem direito, os estudantes do sertão preferiram não optar pelas cotas, que garante uma disputa específica entre alunos que concluíram o ensino médio em escolas públicas. 82,9% dos candidatos passaram na classificação geral. 75% dos aprovados concluiram o ensino médio no interior e 60% em escolas públicas. Esses dados revelam que o campus realmente está dando oportunidade aos estudantes da região e que não tem recursos para pagar uma faculdade privada.
Provavelmente, sem a Ufal instalada no interior, boa parte desses estudantes de escolas públicas do sertão alagoano, teriam parado os estudos no ensino médio, por falta de condições para se deslocar até a capital e tentar uma vaga no campus Maceió, como fizeram sempre tantos estudantes antes da interiorização.
Outros dados reveladores sobre esses estudantes que vão formar as primeiras turmas do campus sertão são os seguintes: 82,9% não fizeram cursinho, 95% irão cursar a universidade pela primeira vez e 70,4% são trabalhadores, ou seja, exercem alguma atividade remunerada.
A nova comunidade universitária será bastante jovem, 47% tem menos de 20 anos. Somando todos os alunos com menos de 30 anos, são mais de 88,2% dos aprovados. Mas o campus também terá espaço para os mais experientes, 11,8% dos alunos tem mais de 30 anos, sendo que um deles está na casa dos sessenta, o Sr. Laércio Lemos Vilar, aprovado no curso de Engenharia Civil, aos 65 anos. No dia da calourada ele emocionou a todos quando subiu no palco para dizer “nunca se julgue velho demais para estudar e aprender”.
fotos: ascom-Ufal 1) população acompanha o resultado do primeiro vestibular 2) Laércio discursa sobre a aprovação dele no curso de Engenharia Civil
Todo mundo sabe a importância da implantação de uma universidade federal pública numa área do Estado de Alagoas carente de desenvolvimento e distante de oportunidades de crescimento intelectual e acadêmico. Ficou claro o impacto da realização do primeiro vestibular, pela festa na leitura da listagem dos aprovados, que envolveu toda a cidade de Delmiro Gouveia e circunvizinhanças.
Mas, ao observar os dados estatísticos dos candidatos classificados em 2010, que devem começar a estudar ainda nesse semestre no novo campus, dá para se ter uma idéia melhor da inclusão social representada pela interiorização da Ufal.
Vamos aos números: segundo os dados apresentados pela Comissão Permanente de Vestibular, o novo campus terá um pouco mais de estudantes do sexo masculino, 56,1%, mas as mulheres não ficam muito atrás, representam 43,9% da comunidade estudantil.
Apesar de terem direito, os estudantes do sertão preferiram não optar pelas cotas, que garante uma disputa específica entre alunos que concluíram o ensino médio em escolas públicas. 82,9% dos candidatos passaram na classificação geral. 75% dos aprovados concluiram o ensino médio no interior e 60% em escolas públicas. Esses dados revelam que o campus realmente está dando oportunidade aos estudantes da região e que não tem recursos para pagar uma faculdade privada.
Provavelmente, sem a Ufal instalada no interior, boa parte desses estudantes de escolas públicas do sertão alagoano, teriam parado os estudos no ensino médio, por falta de condições para se deslocar até a capital e tentar uma vaga no campus Maceió, como fizeram sempre tantos estudantes antes da interiorização.
Outros dados reveladores sobre esses estudantes que vão formar as primeiras turmas do campus sertão são os seguintes: 82,9% não fizeram cursinho, 95% irão cursar a universidade pela primeira vez e 70,4% são trabalhadores, ou seja, exercem alguma atividade remunerada.
A nova comunidade universitária será bastante jovem, 47% tem menos de 20 anos. Somando todos os alunos com menos de 30 anos, são mais de 88,2% dos aprovados. Mas o campus também terá espaço para os mais experientes, 11,8% dos alunos tem mais de 30 anos, sendo que um deles está na casa dos sessenta, o Sr. Laércio Lemos Vilar, aprovado no curso de Engenharia Civil, aos 65 anos. No dia da calourada ele emocionou a todos quando subiu no palco para dizer “nunca se julgue velho demais para estudar e aprender”.
fotos: ascom-Ufal 1) população acompanha o resultado do primeiro vestibular 2) Laércio discursa sobre a aprovação dele no curso de Engenharia Civil
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