É difícil negar o pedido de um herói...
Nada pode ser mais chato para um repórter do que um pedido para não colocar no ar uma imagem que a equipe flagrou e que faz toda a diferença na matéria.
Quando a solicitação ( ou às vezes, a ameaça) vem de um político corrupto ou outro personagem nocivo à sociedade, dá até gosto negar. Mas, e quando a imagem, de certa forma, constrange a um herói? Puxa... dá vontade de atender ao pedido, mas nem sempre é possível.
Conversei com o tenente responsável pelo salvamento, que está orgulhoso do sucesso da ação, mas não gosta de ser chamado de herói. "Fazemos isso todos os dias", disse Fábio Costa. A diferença é que nem sempre tem uma câmara para flagrar o momento.
Depois de gravar as sonoras, fomos fazer as imagens do treinamento. Os bombeiros montaram o equipamento de rapel no telhado do quartel e começaram a saltar. Um deles, bem afoito, enfeitou o salto e deu errado. O camarada bateu com a cabeça ( ainda bem que protegida pelo capacete) e girou pendurado na corda, que travou e deu uma puxada na coluna dele. O gemido revelou a dor, mas ele ficou bem... depois do susto, veio a vergonha...
Mas tudo bem, disse eu ao tenente coordenador do curso. "Precisamos mostrar que os bombeiros erram, que não é tão fácil como parece". A frase do tenente Macnadbay complementava bem a cena vexatória do colega. "Aqui eles podem errar, mas em ação nunca".
O bombeiro protagonista do salto "giratório" ficou bastante chateado... mas, apesar da situação constrangedora, a matéria ficou "pra cima", muito positiva, exaltando a bravura, a disciplina e a dedicação desses heróis.
A matéria vai ao ar daqui a pouco. Espero que eles me perdoem por mostrar que eles são bravos, mas não são infalíveis. Possuem uma inegável coragem, testada todos os dias, mas são também... humanos.
foto: tudonahora
Assista à matéria sobre o treinamento dos bombeiros
Quando a solicitação ( ou às vezes, a ameaça) vem de um político corrupto ou outro personagem nocivo à sociedade, dá até gosto negar. Mas, e quando a imagem, de certa forma, constrange a um herói? Puxa... dá vontade de atender ao pedido, mas nem sempre é possível.
Hoje fui fazer uma matéria sobre o treinamento do grupo de salvamentos especiais do Corpo de Bombeiros. Ainda repercutem as imagens da ocorrência da última quinta-feira, quando um bombeiro militar, usando técnicas de rapel, conseguiu agarrar um suicida no momento em que ele saltou de um edifício.
Conversei com o tenente responsável pelo salvamento, que está orgulhoso do sucesso da ação, mas não gosta de ser chamado de herói. "Fazemos isso todos os dias", disse Fábio Costa. A diferença é que nem sempre tem uma câmara para flagrar o momento.
Depois de gravar as sonoras, fomos fazer as imagens do treinamento. Os bombeiros montaram o equipamento de rapel no telhado do quartel e começaram a saltar. Um deles, bem afoito, enfeitou o salto e deu errado. O camarada bateu com a cabeça ( ainda bem que protegida pelo capacete) e girou pendurado na corda, que travou e deu uma puxada na coluna dele. O gemido revelou a dor, mas ele ficou bem... depois do susto, veio a vergonha...
Mas tudo bem, disse eu ao tenente coordenador do curso. "Precisamos mostrar que os bombeiros erram, que não é tão fácil como parece". A frase do tenente Macnadbay complementava bem a cena vexatória do colega. "Aqui eles podem errar, mas em ação nunca".
O bombeiro protagonista do salto "giratório" ficou bastante chateado... mas, apesar da situação constrangedora, a matéria ficou "pra cima", muito positiva, exaltando a bravura, a disciplina e a dedicação desses heróis.
A matéria vai ao ar daqui a pouco. Espero que eles me perdoem por mostrar que eles são bravos, mas não são infalíveis. Possuem uma inegável coragem, testada todos os dias, mas são também... humanos.
foto: tudonahora
Assista à matéria sobre o treinamento dos bombeiros
Se a matéria estiver no msm tom do post... Ele com certeza vai ficar orgulhoso! =)
ResponderExcluirPois é, são falíveis os nossos heróis de carne e osso. (Todo mundo sabe que sou suspeita a falar desse tema, né?). Mas fiz uma leitura compartilhada. Li com o (meu)bombeiro do lado - ele, por sinal, elogiou demais seu texto, a seriedade e a sensibilidade.
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