Rotina de repórter e as pessoas que surpreendem...

O que mais gosto em trabalhar numa equipe de reportagem é circular pela cidade, conhecer ambientes e pessoas diferentes. Algumas vezes estamos em palácios, outras pisando nas áreas mais pobres da cidade. Mesmo com mais de uma década nessa rotina, eu ainda me surpreendo, e não quero parar de me surpreender nunca com o ser humano.

Hoje, por exemplo, eu corri bastante para falar da poluição provocada pelos veículos desregulados no trânsito, fui até o Vale do Reginaldo registrar o início de uma importante obra de urbanização, beneficiando centenas de familias que vivem em situação de miséria. Fui à Artnor, descobrir o que as crianças estão gostando na feira de artesanato, e ainda tive que dar conta de uma pauta extra, para mostrar o tumulto que tomou conta da cidade com o apagão do final da tarde... ufa!

Deu para fazer tudo, e ainda tive uns intervalos para fotografar o cinegrafista em ação e as crianças, que sempre cercam as equipes de reportagem, atraídas pelo equipamento e por essa curiosidade que a TV desperta.

A feira de artesanato foi uma matéria agradável, com crianças bem especiais, como o indiozinho de 9 anos, Uirapuanparan, que queria desferir uma flechada em uma escultura de onça para me mostrar a habilidade dele com o arco e flecha... achei melhor ele só fazer de conta, sem acertar o bicho de madeira... vai que ele erra o alvo no meio da feira, né?


Mas a surpresa de hoje ficou por conta de um menininho, mais novo que meu filho, com apenas 2 anos e sete meses, trabalhando com uma habilidade incomum para a idade... ele esculpia um pedaço de madeira. Fiquei mesmo surpresa com a concentração do pequeno André Victor, filho do mestre André da Marinheira, neto e bisneto de escultores...

Virou uma atração à parte na feira, o pequeno escultor... será que talento se transmite por DNA???




As fotos são minhas: 1) meninos jogando no Reginaldo 2) 66 registrando o início da obra 3) o escultor precoce

Comentários

  1. Muito bom saber como é o dia-a-dia de uma jornalista,posts como esse deixa a gente ainda mais empolgado em ler seu blog. Abração Lenilda

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  2. Acredito que, no dia em que deixarmos de nos surpreender (seja isso bom ou ruim) com o ser humano, nossa profissão perde o sentido. E é em momentos como esses, de surpresa, que eu sei o motivo de gostar tanto de ser jornalista.

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