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Mostrando postagens de 2012

Emancipação de Alagoas: a separação de Pernambuco a construção de uma identidade alagoana

Neste domingo, 16, a emancipação de Alagoas completa 195 anos. O desmembramento do território alagoano da capitânia de Pernambuco aconteceu num período em que o movimento contra a coroa Portuguesa se fortalecia em algumas regiões do país. Apesar de encontrar adeptos em Alagoas, a insurreição contra a monarquia foi "abafada" na Comarca, o que levou historiadores, a exemplo de Francisco Augusto Pereira da Costa, a defenderem a tese de que a emancipação foi concedida em recompensa por Alagoas não ter aderido ao movimento republicado, mantendo-se fiel à Portugal. Seis décadas depois, Alagoas acabou tendo uma participação destacada na construção da República Brasileira. O proclamador do novo regime, Foi justamente o alagoano, Marechal Deodoro da Fonseca, e o primeiro presidente do Brasil, outro alagoano, Floriano Peixoto. Desta forma, é preciso refletir qual o lugar de Alagoas na história do Brasil? Por que, com uma cultura tão rica, ainda estamos construindo uma identidad

De funcionário em empresa de ônibus à pesquisador de computação matémática

Uma das coisas de que gosto no meu trabalho na Ufal é conhecer pessoas que superaram dificuldades para alcançar um sonho. É assim nessa história. Entrevistei o Antônio Medeiros, conhecido como Tonny, que era funcionário de uma empresa de ônibus, onde fazia a escala dos rodoviários, e agora é bolsista de iniciação científica no Centro de Pesquisas em Matemática Computacional da Ufal. A matéria abaixo foi publicada no site da Ufal Antônio Medeiros é aluno do curso de Meteorologia e bolsista de iniciação científica do Centro de Pesquisas em Matemática Computacional (CPMat). O interesse dele em análise   numérica começou por acaso, quando foi contratado por uma empresa de transporte coletivo  urbano para fazer a escala dos rodoviários. “Eu usava as planilhas para distribuir as rotas, de  forma que ninguém fizesse hora-extra ou ficasse com horas ociosas. Na época, eu fazia isso  intuitivamente, mas hoje eu percebi que é um problema computacional dos mais difíceis”,  explic

Yaathe é a única língua indígena que permanece viva no nordeste

O interesse da professora Januacele da Costa ( de azul na foto ), da Faculdade de Letras da Ufal, começou quando ela ainda era criança. Natural de Águas Belas, Pernambuco, onde fica a aldeia dos Fulni-ô, Januacele presenciava os índios conversando na língua materna. “Mas era uma comunicação cercada de preconceitos. As pessoas da cidade mantinham uma certa distância. Diziam que os 'cabocos' estavam 'cortando língua'”, conta a pesquisadora. Quando começou o mestrado em Letras, na Universidade Federal de Pernambuco, o interesse da infância se tornou objeto de estudo, abraçado com muita paixão por mais de duas décadas. A dissertação de mestrado foi dedicada ao perfil sociolinguístico dos Fulni-ô e a tese à descrição da língua, o Yaathe. “É um fato extraordinário que, mesmo depois de 300 anos de contato com a colonização branca, com todo o peso das missões católicas e da dominação cultural, os Fulni-ô tenham conseguido manter a língua ancestral viva e funcional, s

Quebra do Xangô: pesquisadores avaliam a intolerância religiosa

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Lenilda Luna - jornalista Historiadores e cientistas sociais da Universidade Federal de Alagoas se debruçam há muitos anos sobre a questão do preconceito racial e da intolerância religiosa. No centenário do episódio conhecido como o “Quebra do Xangô”, esses pesquisadores retomam fatos históricos e análises da conjuntura política daquele período, buscando entender o contexto social do Quebra e os reflexos na nossa formação cultural. Esse fato emblemático da história de Alagoas já estimulou a produção de teses de doutorado, documentários e vários artigos acadêmicos, que fomentaram debates dentro da universidade. O principal objetivo desses estudos é avaliar criticamente esses acontecimentos, considerando que os reflexos da intolerância religiosa perduram na atualidade. No centenário do Quebra, apresentamos a avaliação de uma historiadora e uma antropóloga da Ufal, que são estudiosas da cultura afro-brasileira e das manifestações que resistem em Alagoas. O que foi o Quebra Foi na

Informação, Tecnologia e Cultura Digital: As redes sociais no cotidiano

Lenilda Luna - jornalista Facebook, Orkut, Twitter, Linkedin, blogs... São tantas as ferramentas de relacionamento online que cada vez mais os cientistas se voltam para o estudo sobre as consequências deste fenômeno. Já se fala até em “fadiga virtual” . Mas,  não se pode negar que as redes sociais estão incorporadas ao cotidiano de milhares de pessoas em todo o mundo. Desta forma, as empresas também se dedicam a desenvolver estratégias de interação com os internautas. Nas universidades, as redes sociais e outras ferramentas da internet também estão cada vez mais presentes no ambiente acadêmico e passam a ser utilizadas como recurso didático. “Não adianta ficar criando resistência. A cultural digital é uma realidade. É preciso desenvolver estratégias produtivas de utilização das redes sociais”, afirma o professor Ronaldo Ferreira de Araújo, vice-coordenador do Curso de Biblioteconomia da Ufal (http://www.ichca.ufal.br/graduacao/biblioteconomia/v1/ ) e mestre em Ciência da Infor