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Mostrando postagens de março, 2010

Essa viagem até nada...

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Algumas situações da vida nos fazem pensar na ridícula vaidade humana, que muitas vezes ressalta com uma enorme ansiedade metas que, uma vez conquistadas, não valem grande coisa... Fiquei pensando também no reverso, vidas dedicadas a ideiais realmente grandiosos, mas que, uma vez alcançados, foram de tal forma manipulados, que se transformaram também em nada pelo que valesse a pena morrer... Refletindo sobre essa coisas, lembrei de uma música que ouvi com emoção há alguns anos, em Cuba. A letra poética e profunda revela com muito mais clareza o que estou querendo dizer. Ainda mais porque se trata de um poeta que viveu em um país que bradava nobres ideais, e, como diz Luis Eduardo Aute, em "La Belleza", quase tudo acabou como escadaria para a glória de poucos. Não é com pessimismo ou amargura que faço essas reflexões. Como diz Fernando Pessoa "tudo vale a pena se a alma não é pequena". Por isso, para mim nada que foi feito com dedicação e amor se perde totalmente

Revelar segredos...

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"Procuro um amor que seja bom pra mim. Vou procurar, eu vou até o fim. E eu vou tratá-la bem, para que ela não tenha medo, quando começar a conhecer os meus segredos" ( Segredos , Frejat) Não tem jeito, né. Não dá para se relacionar com alguém com mais profundidade sem revelar quem somos. Não todos os segredos, mas o caráter, fruto de uma história com muitos episódios, alguns alegres, outros traumáticos... Não tem como deixar alguém se aproximar, sem baixar um pouco a guarda, sem abrir a armadura... mas isso é bastante assustador, principalmente quando já se tem alguns "cadáveres" escondidos no armário. Por isso Reich dizia que a couraça que te proteje é a mesma que te impede de amar. Ou seja, para amar, de certa forma, é preciso se tornar frágil. Esse é um drama que se torna mais complexo com a idade, e com toda a estrutura de proteção que formamos para nos defender das "topadas" da vida. É por isso que é preciso mais coragem para amar e sorrir, do qu

O meu maior amor

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São quatro anos experimentando um sentimento que antes eu não tinha como dimensionar. A palavra incondicional sempre me pareceu subjetiva demais, não dava para fazer idéia do que seria amar assim... Mas agora eu sei de todas aquelas frases que são tão batidas sobre o amor maternal. Tudo se aplica ao que sinto pelo Ernesto. Nada parece piegas demais, lugar comum ou frase feita. Todos os agradecimentos à Deus por essa oportunidade. Ernesto veio para a minha vida quando eu já tinha passado por mil experiências. Uma mãe madura, cheia de histórias, que pelo menos por enquanto eu prefiro não contar para ele. Se Ernesto for tão levado como eu, vou ter um ataque cardiaco. Os riscos de uma gravidez beirando os quarenta anos, não me atingiram, graças à Deus. Fiz hidroginástica na academia da Bam até a barriga ocupar boa parte da piscina. Trabalhei até quinze dias antes do parto. Dirigi até na hora de parir e voltei para casa dirigindo. Ernesto nasceu de parto normal, lindo, saudável, mamou

Carteirada: o mico do ano

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Sinceramente, o ano está apenas começando, mas espero que não tenha mico maior do que esse. Vexame nacional envolvendo autoridades da segurança pública que foram "remendar" o mal feito e acabou ficando pior. Se já não bastasse a "carteirada" dos policiais e a prisão desnecessária da gerente do Centerplex só porque ela estava cumprindo as normas da empresa, a Secretaria de Defesa Social arranjou às pressas um documento em papel timbrado do Gecoc, núcleo de combate ao crime organizado do Ministério Público, para justificar durante coletiva que a ação dos policiais era correta. Só que o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, não quis apresentar o documento à imprensa, e depois eu fiquei sabendo porque. A redação era mal feita, sem assinatura e ainda com erros de ortografia. A palavra cinema, por exemplo, estava escrita "cenema". O promotor de Justiça, Edelzito Andrade, foi à imprensa desmentir o tal documento e a autorização para uma operação "

A polêmica da "carteirada"

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Policiais do Tigre - Tático Integrado da Policia Civil - alegam que estavam à trabalho quando tentaram entrar nos cinemas da Centerplex para "investigar" venda de drogas. A gerente do estabelecimento garante que eles não apresentaram nenhuma documentação comprovando a operação policial. As contradições ainda serão investigadas, mas tem dois fatos que estão evidentes: o primeiro, não havia a menor necessidade daquele "desfile" de policiais armados para deter uma gerente que estava cumprindo a função dela, e não havia porque arrastá-la pelos corredores mais movimentados do shopping, diante de familias e demais clientes. Está claro que os policiais quiseram "punir" a gerente com o constragimento da situação. A segunda constatação, bastante clara para todos, é que a cultura da "carteirada" é mais do que comum em Alagoas. E não é só entre policiais não. Em todas as categorias que se sentem de alguma forma "autoridade", até mesmo entre jo

Boa sorte sou eu!

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Estava aqui vivenciando o meu dia da Mulher, com as mesmas obrigações rotineiras, mas fazendo mentalmente aquele balanço de ganhos e perdas. Cheguei a conclusão que me orgulho de mim e me amo bastante. E isso não é fácil de dizer, mulheres são educadas para a culpa, desde a Igreja, que nos inculte a responsabilidade pelo pecado orginal, à Freud, que indica a mãe como mentora de todas as paranóias. Por isso, nos culpamos, nos exigimos, acreditamos que não somos suficientemente bonitas, não somos competentes à altura, não somos mães presentes em tempo integral e se o casamento falha, provavelmente é nossa culpa. Mas... a essa altura da minha vida, já me conheço o suficiente para dar às minhas conquistas uma importância maior do que às minhas falhas. E posso ser tão tolerante comigo mesma, como tenho sido com todos os que me decepcionaram ou me magoaram nessa vida. E posso ser tão agradecida a mim mesma por ter prosseguido, como sou grata a todos as pessoas que me ajudaram, e foram

No meio do nada...

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Fico impressionada com a capacidade dos homens de transformar a paisagem. É claro que não é uma interferência impune. Sempre há consequências quando se altera o ambiente. Mas, de forma consciente e cuidadosa, é o preço do progresso, não é? Ontem, fui fazer a matéria sobre a Eco Via Norte, a estrada que será aberta entre o Benedito Bentes e Guaxuma. Hoje é uma estrada de terra usada por sitiantes da região, motoristas de vans irregulares fugindo da fiscalização e bandidos que desovam carros e corpos. Com a estrada, a prefeitura quer abrir uma nova área de expansão da cidade, além de facilitar o percusso entre o aeroporto e o litoral norte. Fiquei ali parada, olhando aquela extensão de terra, com pasto e nada além, a perder de vista, e imaginando como deve ficar em uns anos. Primeiro uma estrada larga, valorizando o terreno por onde passa. Mais visibilidade para os conjuntos habitacionais populares que ficam esquecidos naquele canto. Depois que a estrada entrar no gosto da população

Só Jamal é bom?

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Ontem à noite assisti no Telecine ao filme "Quem quer ser um milionário". Fui dormir sob o impacto das cenas e do enredo desconcertante. Não avalio as questões técnicas: montagem, trilha sonora, roteiro, etc etc. Não sou crítica de cinema e não tenho conhecimento, a não ser o leigo de achar bom ou não... Mas, apesar de um filme que prende a atenção do espectador do começo ao fim, e do ritmo alucinante dos programas de auditório feitos para paralisar o público, a sensação provocada pela história é muito contraditória. Então a narrativa do filme é feita pelo menino bom ao torturador? É justamente o policial que tortura a única pessoa em toda a história que escuta de verdade aquele rapaz? Salim é ao mesmo tempo protetor e o maior vigarista. Ninguém é bom ali, só Jamal. E como todos os bons ele é ingênuo e incapaz de proteger suas conquistas, nem mesmo um autógrafo conquistado depois de um banho de merda ele foi capaz de esconder... E Latika, não sei o que dizer dela... em to

Uma comunidade de mulheres competentes

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Circulando pelos campi da Ufal,  inclusive o que ainda vai ser inaugurado no sertão, podemos constatar uma realidade animadora: está comunidade é composta por mulheres competentes, destacadas, que lideram e criam em todas as áreas. Pelo menos nesse universo acadêmico, frases como: as mulheres não ocupam posição de destaque, as mulheres não são reconhecidas à altura de sua produção, etc parecem estar sendo superadas. Não que vivamos numa sociedade à parte, mas pelo menos nessa instituição, as mulheres conquistaram posições importantes, por mérito. Começando pelos principais cargos de direção: a reitora da Ufal, Ana Dayse Dorea, a diretora do Campus Sertão, Edméia Nunes, a diretora acadêmica do campus Arapiraca, Simone Ferreira. Depois vamos percorrer as pró-reitorias. É bem verdade que a equipe de pró-reitores é masculina. Das seis pró-reitorias, apenas uma é gerenciada por mulher: Silvia Cardeal, pró-reitora de Gestão do Trabalho e das Pessoas. Mas, nas demais, os pró-reitores co

Vale a pena "tietar" a prata da casa

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Desde os tempos em que fui diretora da Educativa FM (1999-2003) fiquei avaliando melhor a qualidade dos compositores e cantores alagoanos. Mas sempre me ressenti da nossa pouca "tietagem" à prata da casa. É isso mesmo. Acho que nossos talentos mereciam mais "confete", festa, divulgação, público, tudo o que tem direito... Ontem me deparei com outro talento alagoano, que tem um público conquistado em dez anos de trabalho, passeando do jazz à bossa nova, do rock à MPB. Fernanda Guimarães já é um nome conhecido nessa terra, mas merece muito mais ser festejada pelos alagoanos, antes que, a exemplo de tantos artistas da terra, acabe sendo reconhecida e "descoberta" em outras praças. Uma voz suave e forte, intérprete segura e compositora talentosa, Fernanda Guimarães lança hoje o primeiro CD, Verbo Livre, no Centro de Convenções, 20 h. Vale a pena conferir, comprar o trabalho, que vai ser vendido nas lojas "Mãos de Mestre" e "tietar" à vonta

Professores são convidados a se "apaixonar" pelo sertão

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"O sertão contagia". A afirmação foi da diretora do campus Sertão, professora Edméia Nunes, durante a abertura da semana de inserção dos novos docentes, iniciada neste segunda-feira, 1, na biblioteca da Ufal. A reitora da Ufal, Ana Dayse Dorea, também destacou que a construção do campus Sertão é uma satisfação pessoal. “Como sertaneja, sei das dificuldades que enfrentei para cursar a universidade em Maceió. Eram dez horas de ônibus do sertão até a capital, e quando o rio Ipanema enchia, era preciso atravessá-lo de canoa, para pegar o transporte do outro lado”, lembrou a reitora. Outra sertaneja emocionado com o início do funcionamento do campus em Delmiro Gouveia é a professora Elza Maria, , coordenadora de Cursos de Graduação. “Também sou sertaneja. Assim como a reitora, fiz um grande esforço para cursar a universidade na capital. Mas muitos amigos ficaram no interior sem essa possibilidade. Por isso, a interiorização da Ufal representa tanto”, disse Elza. Muitas mudanç