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Mostrando postagens de 2019

Jornalistas independentes revelam a grave situação de bairros de Maceió atingidos pela mineração de sal-gema

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As rachaduras e afundamentos nos bairros Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto em Maceió são tão graves que não é necessário ser especialista para saber que existem riscos para milhares de moradores dessa região populosa da capital alagoana, com cerca de 40 mil pessoas. Depois de fortes chuvas em 2018, crateras nas ruas e fissuras nas paredes das casas assustaram aos moradores. Por muito tempo, com a desculpa de não causar pânico, a extensão do problema foi minimizada nos meios de comunicação. Os jornalistas que cobriam o assunto até queriam se aprofundar na apuração, mas os veículos não permitiam ir muito além do discurso das autoridades. Percebeu-se muitas vezes a tentativa de desvincular o fenômeno geológico da ação de mineração de sal-gema no subsolo dos bairros, promovida desde a década de 80. Este ano, no entanto, um acontecimento que nada tem a ver com o problema dos bairros, acabou mudando a configuração da cobertura jornalística sobre o assunto que aflige tantos

Marielle presente!

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No dia 14 de março de 2019, completou-se um ano do trágico assassinato de Marielle Franco e o motorista Anderson. Neste mesmo dia, fui convidada para compor uma mesa num evento de jornalismo, reunindo estudantes da Ufal e da Unit. Não podia de prestar uma homenagem à Marielle. Segue o discurso pronunciado no evento Intercomunica:  Antes de entrar no tema “Descentralização da Comunicação: desafios e perspectivas para o cenário alagoano”, peço licença a mesa e ao público para registrar que hoje, 14 de março de 2019, completa-se um ano dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson. Marielle foi  atingida por três tiros na cabeça e um no pescoço. O motorista Anderson levou três tiros nas costas. A execução aconteceu por volta de 21 horas quando a vereadora voltava de uma atividade na Lapa, no Rio de Janeiro. Da mesma forma como a juíza Patrícia Acioli, que em 2011 também foi fuzilada, Marielle Franco ousou enfrentar e denunciar as milícias organizadas no Rio de Janeiro apoiadas por

Lute como uma mulher

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É notório como incomoda uma mulher que ousa ocupar o espaço público para se posicionar. Basta tornar-se uma referência na comunidade onde atua para ser atacada com difamações e calúnias agressivas. Já vi isso acontecer incontáveis vezes e ainda me espanto. Comigo não poderia ser diferente. Foi só montar uma chapa com a maioria de mulheres para disputar o Sindicato dos Trabalhadores da Ufal, para começar o bombardeio. Eu não gosto de dar asas às fakenews porque elas são corrosivas. É uma forma de fofoca destruidora com alcance exponencial. Usaram fatos da minha atuação de forma deturpada e grosseira, por isso, agora me apresento: Sou militante dos movimentos sociais desde a minha adolescência. Despertei para essa luta coletiva nos tempos em que queríamos abertura política e as diretas Já. Tive a honra de conhecer o Betinho, irmão do Henfil, organizei um debate com Paulo Freire, participei de reuniões com Selma Bandeira, mobilizei brigadas de solidariedade à Cuba com Freit