Postagens

Mostrando postagens de 2014

Uma tranquila e madura despedida

Imagem
Hoje, com o Wellington Soares (repórter cinematográfico) e o Irineu (motorista e apoio técnico), cumpri minha última pauta na TV Pajuçara. Não é uma despedida simples, porque não estou fechando só os 11 anos nessa emissora, mas os dezoito anos de dedicação diária ao telejornalismo. São muitas histórias e uma experiência que começou já com muita intensidade, cobrindo casos emblemáticos da história recente de Alagoas, como a morte de PC Farias e Susana Marcolino, a prisão da Gangue Fardada, a CPI do Narcotráfico em Alagoas, o caso Silvio Viana, o caso Ceci Cunha... Tantas e tantas informações embaralhadas num peito ansioso por ver essa terra de Zumbi dos Palmares aprender a fazer Justiça! Eu nunca fui para a rua com a expectativa de ser neutra e olhar aquilo tudo como se não fizesse parte de mim. Ouvir todos os lados da questão, sim, neutralidade, nunca! Mas agora, é hora de desenvolver outros projetos. Preciso de tempo! Tempo para cuidar do meu filho, tempo para estudar, tempo p

Debate com candidatos ao Senado na Ufal é cancelado por falta de público

O debate com os candidatos ao Senado organizado pelo DCE da Ufal e pelo Observatório Jurídico acabou não acontecendo porque não havia público. Os dois candidatos que compareceram, Heloísa Helena e Omar Coelho, esperaram por mais de uma hora que os estudantes chegassem, mas como na Tenda Estudantil estavam apenas os representantes das entidades organizadoras e alguns assessores dos candidatos, o evento foi cancelado. Segundo André Albuquerque, coordenador do Diretório Central dos Estudantes, como o debate com os candidatos ao Governo foi realizado no mesmo horário, na quarta-feira passada, houve dificuldade de conseguir a liberação dos estudantes nas mesmas aulas. "No debate anterior, tivemos a participação de cerca de 250 estudantes, mas como eles teriam que faltar às mesmas aulas essa semana, foi difícil mobilizar", justificou o estudante. Heloísa Helena, do PSOL, e Omar Coelho, do DEM, conversaram com os organizadores e concluíram que não havia condições d

Movimento Abrace a Vila tem participação ativa da comunidade universitária da Ufal

O movimento surgiu há mais de dois meses para resistir à sentença judicial de remoção dos pescadores da vila do Jaraguá mas a luta é antiga* As manifestações culturais e de protesto que procuraram chamar a atenção da sociedade para os vários aspectos relacionados à decisão judicial de remover as famílias de pescadores do Jaraguá, surtiram efeito. No dia 4 de setembro, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife, concedeu efeito suspensivo da liminar onde o Município solicitava a expulsão da comunidade tradicional antes do processo ser julgado. A notícia foi recebida com alívio pelos pescadores e comemorada pelo Movimento Abrace a Vila. Vários integrantes do movimento Abrace a Vila são professores e estudantes da Ufal. Parmênides Justino Pereira, professor de Ciências Sociais do polo de Palmeira dos Índios, e Marcos Ribeiro Mesquista, professor de Psicologia do campus Maceió, estão entre os defensores da permanência dos pescadores na vila do Jaraguá. Eles

Uma carta para a Carol

Imagem
Hoje eu fui à agência dos Correios postar uma carta para minha sobrinha de 15 anos, que mora na mesma cidade que eu, tem whatsapp, email, instagram e facebook. Nós nos comunicamos instantaneamente sempre que queremos. Mas a Carol contou para a mãe dela que queria sentir essa emoção, do século passado, de ver o carteiro chegar trazendo cartas pessoais e não apenas contas à pagar. Enquanto ia com uma carta na mão para os Correios, um filme passou na minha mente. Lembrei de quantas vezes, antes dessa era digital, eu escrevi cartas para meus amigos e como gostava de redigi-las, com letra caprichada e alguns enfeites. Recordei do estilo de cartas que recebia de cada pessoa querida, alguns bem diferentes. Celso, por exemplo, uma vez escreveu para mim uma carta em espiral. Deve ter dado trabalho para escrever. Eu tive que girar o papel várias vezes para ler.  Pensei também nos trabalhos escolares e da faculdade.  Quando eu comecei a escrever, não existiam computadores, pelo me

Atenção Estudantes! Ufal oferece 180 vagas em cinco cursos

Inscrições até quarta-feira, 4 de junho, no site do Sisu ascom/Ufal A Copeve divulgou edital nesta segunda-feira, 2 de junho, convocando para a seleção dos candidatos às 180 vagas, distribuídas nos cinco cursos de graduação da Universidade Federal de Alagoas, na modalidade presencial, disponibilizadas por meio do SiSU 2014.2 Os cursos são: Ciências Biológicas–Licenciatura– Noturno-Unidade Educacional Penedo; Sistema da Informação–Bacharelado– Noturno-Unidade Educacional Penedo; Agroecologia-Bacharelado- Vespertino-Ceca; Engenharia de Energias Renováveis-Bacharelado- Vespertino-Ceca, e Engenharia Florestal-Bacharelado- Vespertino-Ceca. A seleção para as vagas será realizada em fase única, exclusivamente com base nos resultados obtidos pelos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no exercício de 2013 e cadastrados no Sistema de Seleção Unificada (SiSU) 2014.2. As inscrições devem ser realizadas até as 23h59min do dia 04 de junho de 2014, observado o h

Comunidade universitária ouve os depoimentos de alagoanos que resistiram à Ditadura Militar

Um debate cercado de muita emoção sobre as memórias de pessoas que sofreram torturas Um auditório lotado e repleto de jovens universitários que vieram aprender mais sobre esse período obscuro da história brasileira, ouvindo depoimentos de pessoas que foram presas e torturadas ou de familiares de desaparecidos. O segundo dia de debates sobre os 50 anos da ditadura militar foi cercado de muita emoção, a cada palavra arrancada com dificuldade para falar sobre lembranças que são dolorosas para quem foi vítima da repressão. A coordenadora do programa Ufal em Defesa da Vida, professora Ruth Vasconcelos, ressaltou esse momento histórico para a universidade. "Não estamos aqui para ouvir pessoas que falam sobre o que leram em documentos, mas para conhecer testemunhas que são memórias vivas dessa história e que falam sobre o que vivenciaram. Isso faz uma diferença fundamental", destacou a professora. O primeiro a contar sua história foi Valmir Costa, veterinário,

Histórias de dor e esperança...

A primeira vez que eu fui até ao lixão de Maceió foi em 1997. Em meio aquela montanha de lixo com vista para o mar, mulheres, homens e crianças catavam o que podia ser reaproveitado e gerar algum trocado. Fui para fazer uma reportagem e a emoção tomou conta. Pensando na vida daquelas pessoas revirando os restos jogados pela sociedade, editei a matéria com o Samir Sena, na época para o programa Alagoas na TV, para a TV Alagoas. Depois, voltei lá algumas vezes, para fazer matérias e também para participar dos debater realizados pelo Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu (Ceasb), com a Ana, o Clébio e outras pessoas que já naquele período buscavam alternativas para melhorar a vida daquela gente. Como repórter policial também fui à Vila Emater, para registrar a violência que atinge a rotina de quem está privado das mínimas condições de uma existência digna. Acompanhamos as exaustivas idas e vindas, até que o lixão foi desativado, em 2010, e o lixo da cidade passou a ser levado pa

Os estudantes que entraram numa fria...

Brincadeira o título... os estudantes do mestrado em Meteorologia da Ufal causaram-me uma ótima impressão. A ciência não é só teoria, nem a solidão tranquila de um laboratório. Eles saíram deste calorão de Maceió e mergulharam numa sensação térmica de menos 30 graus! Eu nem consigo me imaginar por algumas horas neste congelador imenso, avalie passar dois meses nessa paisagem gelada, desconfortável e pouco familiar! Para monitorar os equipamentos, eles foram a campo, tendo como abrigo apenas um carro com aquecedor ligado, onde podiam dar alguns cochilos, e quando saiam do veículo, tinha que ser com as pás nas mãos, limpando a neve, para não cobrir totalmente o carro. Leandro e Carlos, que nunca antes tinham visto neve, tiveram que caminhar por campos nevados até a altura do joelho! Eles tiveram bons momentos e aprenderam muito. Mas é preciso coragem e desprendimento para fazer um intercâmbio assim, no inverno mais frios dos últimos 20 anos, nos EUA. E ainda passar um natal tradicion

O risco das cores...

Puxa, quanto tempo sem atualizar meu blog! Também, além do trabalho, que ocupa muitas horas do dia, tem as postagens no face, twitter, instagram, linkedin... não é fácil dar conta de tantas redes sociais! Mas volto aqui para refletir sobre uma situação engraçada na rotina de repórter. Chegamos na redação sem saber a pauta. Lá no mural está a tarefa do dia. Dependendo da força dos simbolismos, isso cria situações difíceis, do tipo: em 2012, eu estava de terno vermelho. Calça, blazer e até a blusa de dentro era de listras brancas e vermelhas... Qual foi minha pauta? Ir nas torcidas organizadas Comando Vermelho e Mancha Azul ver o que os líderes estavam pensado das determinações do Ministério Público para coibir a violência nos estádios. Claro que falar com a comando foi fácil. Eu estava na "vibe" deles, né? Agora pense a minha ansiedade ao subir as escadas da sede da Mancha Azul, na rua do Sol, e me deparar com um desenho de um fantasminha azulado e um cartaz: "Proib