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Mostrando postagens de maio, 2010

A hora de deixar a luz do sol entrar...

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Tá certo... já chega de lamentações, medos, inseguranças, desconfianças, etc etc etc... Está na hora de abrir todas as janelas e deixar entrar o vento e a luz do sol, com a energia revitalizadora que faz sarar as feridas e renova a vontade de viver e ser feliz... A vida é generosa comigo e, apesar dos erros e vacilações, sempre me ofereceu novas oportunidades de aprender e recomeçar... E agora me presenteia com um reencontro intenso e iluminado. Seria tolice deixar que os fantasmas das feridas passadas fossem mais fortes do que essa história que pede passagem para se construir... Não, a vida é mais forte! É como a letra de uma música religiosa que recebi hoje de mãos especiais: "O amor é bálsamo na triste lida, o amor é mais, também é paz, o amor é vida". Então, com fé, vamos seguir adiante... Chegamos ao dez de copas! Não é uma final feliz, porque é um começo... a vida tem seus desafios, mas também sabe recompensar a quem tem um coração sincero.

Aqui estamos no arcano da separação...

Uma lição da mitologia, reproduzida nas cartas do tarot. Eros e Psique se amam e se casam. Psique era mortal, limitada por sua própria condição. Mas Eros era um deus, perfeito e superior. Por isso, o casamento tinha uma regra: Psique não poderia olhar o rosto do amado. No castelo erguido para viverem esse amor, Eros chegava sempre que anoitecia e as lâmpadas estavam todas apagadas... Psique tentou se adaptar a essa rotina na escuridão, mas um dia, ao receber a visita de suas irmãs, foi convencida de que não poderia continuar assim e deveria confrontar o amado. Nesta noite, ela preparou uma lamparina e quando Eros chegou, iluminou o rosto dele. Eros fugiu, enraivecido por ter a confiança traída pela amada. Ela chorou ao perceber quanto o magoara... Essa é a imagem do cinco de copas. Mas, apesar da dor da separação, analisando bem a carta, vemos que há uma esperança. Fica intacta uma taça, mesmo que as outras estejam caídas, a essência do amor permanece, o que indica a possibilida

O ofício de esperar...

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Um encontro é feito de muitas solidões, pensei eu essa semana, porque quando voce espera alguém, a vida parece que fica em suspenso... por mais concentração que se tenha nas tarefas diárias, uma expectativa sempre preenche todos os espaços, às vezes tranquila, às vezes aguda, urgente... até mesmo dolorosa... É impressionante encontrar uma pessoa repentinamente e sentir como se já a conhecesse há séculos. Mas ao mesmo tempo, existe uma lacuna de existência, um desconhecimento de tanta coisa que aconteceu nessa vida... o que fazer? Esperar que essas energias de conhecimento e ignorância se equilibrem... E para quem esperou um período indefinido, agora é preciso esperar que o reencontro amadureça em seu tempo, sem ser atropelado pela ansiedade, pela insegurança, pelo medo de uma nova separação... Não é fácil, é uma tarefa árdua essa de esperar... foto do http://carlossimo.arteblog.com.br/148798/Sala-de-espera/

Isso não acontece todo dia

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Adoro quando a Pink Dink Doo, personagem do desenho de Jim Jinkins, pronuncia entusiasmada essa frase sempre que se depara com algo raro, extraordinário. "Isso não acontece todo dia"!!! Meu dia ontem foi assim, surpreendente. Primeiro, uma matéria na qual eu não apostava muito, mas que rendeu um momento bem inesperado. Na verdade, eu não colocava a menor fé na bomba de Maragogi. Um artefato da 2ª guerra mundial, que estava enterrado há anos na área urbana do município e que nunca assustou ninguém. Quando a tal bomba foi localizada durante escavações de uma obra de saneamento, algumas pessoas acreditaram que se tratava de uma botija com moedas antigas, e cairam de marteladas e picaretadas no artefato bélico... Eu viajei para Maragogi pensando no sentido que teria filmar aquela bola enferrujada e acabada. Mas a "coisa" estava muito viva. A operação toda da polícia para deslocar a bomba para uma área menos habitada e detoná-la, rendeu boas imagens, mas nem mesm

Vassoura: uma tradução literária de uma tragédia que se abateu sobre a região cacaueira da Bahia

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texto do editor de A Região O jornalista Daniel Thame lança no próximo dia 18 de maio, em Itabuna, o livro “Vassoura”, uma série de contos e crônicas que tem como tema a vassoura-de-bruxa, doença que destroçou a economia da Região Cacaueira da Bahia, a partir de sua disseminação no início da década de 90 do século passado. Trata-se de uma obra de ficção, em que a abordagem foca as tragédias pessoais provocadas pela doença, cujo poder de destruição se mostrou letal, e em poucos anos reduziu em quase 90% a produção de cacau e reduziu fortunas a pó. “A despeito do impacto negativo que provocou na vida de milhares de pessoas, enquanto literatura o tema é fascinante e foi isso que o procurei fazer”, afirma o jornalista, nascido em Olímpia (SP) e radicado em Itabuna desde 1987. Gerente de jornalismo da TV Cabrália e repórter/editor do jornal A Região durante 13 anos, Daniel Thame testemunhou o ocaso de uma região baseada na monocultura do cacau. “Hoje, testemunho e participo do renascim

A palavra que Aurélio mais gostava...

Disse a viúva de Aurélio, a dona Marina, que das centenas e centenas de palavras que Aurélio Buarque de Holanda definiu, a que ele mais gostava era saudade... É mesmo uma palavra bonita, mas vem acompanhada de uns sentimentos que o dicionarista pode definir com facilidade, mas são difíceis de carregar no peito, como melancolia, angústia, tristeza... Ontem, visitando Passo de Camaragibe para fazer a matéria sobre o centenário de nascimento do mestre, fui atacada destas saudades sem explicação alguma, e fiz mas um poeminha abestalhado... Lá vai Sinto saudades Não sei mas de que nem de quem É uma saudade de um tempo que eu não lembro de uma gente que não conheço de lugares a que nunca fui Mas a saudade dói Como se eu estivesse fora do eixo como se fosse estrangeira nesse lugar Parece que num lapso de memória esqueci que sou daqui mesmo e vivo a suspirar desprovida da minha história foto: minha, na estrada de Passo

Poeminha que a Cecília fez para mim...

Claro que é uma tremenda pretensão, mas pego emprestado esse poema para esse momento: "Tenho fases, como a lua Fases de andar escondida, fases de vir para a rua... Perdição da minha vida! Perdição da vida minha! Tenho fases de ser tua, tenho outras de ser sozinha. Fases que vão e vêm, no secreto calendário que um astrólogo arbitrário inventou para meu uso. E roda a melancolia seu interminável fuso! Não me encontro com ninguém (tenho fases como a lua...) No dia de alguém ser meu não é dia de eu ser sua... E, quando chega esse dia, o outro desapareceu..." (Lua adversa - Cecília Meireles)                                imagem do blog