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Mostrando postagens de 2009

Sobre a passagem das horas...

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Faltando três horas para a virada do ano, estou eu na redação da TV, para retornar ao trabalho depois de um mês de férias... ninguém por aqui por enquanto... um silêncio ensurdecedor... não é comum, nesse ambiente, tanta tranquilidade. Também não parece uma cena normal de fim de ano ficar em frente ao computador quando todos estão indo para as festas de reveillon... Mas estou tranquila e feliz... Tranquila, porque depois de um ano turbulento, tudo está entrando nos eixos e 2010 promete. Aliás, algumas promessas que fiz para antes de terminar 2009, eu cumpri. Feliz, porque é bom ter um trabalho que voce gosta tanto de fazer, que não chega a considerar uma maldição um plantão de reveillon, principalmente depois de um mês de descando bastante produtivo... Além disso, nessas férias, iniciei esse blog, para exercitar a escrita mais livre, seja reflexão cotidiana ou ficção inspirada nas artimanhas da vida... e os amigos estão me estimulando a continuar escrevendo, até porque, quem me co

O que se pode saber do imprevisível?...

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Alícia se despediu do amado cheia de dúvidas... o coração pesava com uma indefinição angustiante. Mas ela pensou: o que afinal queria saber? Essa história toda já havia começado como um salto no escuro... mania que tinha de buscar certezas onde era impossível... Cinco dias antes tinha conhecido o rapaz de um jeito inusitado para ela. Aos cinquenta anos, separada, artista plástica de relativo sucesso, estava sozinha na noite de natal e resolveu bater papo na internet. Buscava alguma forma de preencher o vazio daquelas horas, para que o dia chegasse mais depressa, e o silêncio daquela noite não pesasse tanto. Gostou de um nick e apostou no papo... a conversa fluiu e, como ela queria, o tempo passou... mas o parceiro de conversa quis o msn. E agora? Como ela não frequentava salas de bate-papo, não tinha um email discreto. O seu era o nome próprio, já um pouco conhecido na cidade do interior... mas, ela pensou, "por que não arriscar?"... fazia tempo que não tinha nenhum flerte

Uma rebelde cheia de causas...

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Sabe uma das coisas boas desse ano que está terminando? Foi conhecer pessoalmente Angela Ro Ro. No início dos anos 90, quando eu tinha vinte e poucos anos e morava sozinha na região sul da Bahia, militando no movimento sindical e no PT de lá, as músicas dela embalaram muitas das minhas rebeldias... Muitas histórias se passaram e eu fiquei menos rebelde e mais cuidadosa... mas aí eu encontro essa mulher sessentona, que tem uma incrível juventude e uma atitude corajosa diante da vida e foi capaz de se reiventar. A louca e escandalosa Angela Ro Ro emagreceu, parou de beber e de usar drogas e lançou um dvd lindíssimo. Ganhei um, autografado, depois da entrevista e de tietar e tirar fotos com ela. Pedi para ela cantar para mim "Fogueira" que foi a trilha sonora da minha paixão mais avassaladora no século passado (faz tempo kkkk). Depois, ouvindo o dvd com calma enquanto dirigia, prestei atenção numa letra marcante. Palavras que nascem da autêntica ligação que essa compositor

Preparando as rabanadas...

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Hoje eu fiz as minhas suculentas rabanadas para a festa de amanhã. Essa é a minha incubência de todos os anos: preparar as rabanadas de natal... É um trabalho sequenciado e bastante mecânico. Primeiro corta o pão, depois bate os ovos, mistura leite condensado, leite e baunilha num prato, açucar e canela em outro. Coloca óleo na frigideira, e aí começa: passa o pão no leite, depois nos ovos, joga na frigideira, deixa escorrer um pouco e depois coloca no açucar... Essa sequencia é repetida várias vezes, até acabar o pão... o engraçado é que todos os anos, quando fico na cozinha fazendo esse trabalho, passa um filme na minha cabeça, com os momentos principais do período... e eu tenho também uns insights sobre o significado dos acontecimentos. Não é uma coisa muito detalhada, é só uma sensação de que as coisas estão bem ou de que precisam mudar. É como se eu estivesse visualizando cartas do tarô. A mente vai se desligando da tarefa automática e se voltando para os pensamentos... Hoje, f

Semana de Natal

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Gosto dessa sensação de final de ano, de fechar uma etapa. Mesmo que sejam só datas no calendário, todo mundo entra nesse clima de reflexão, solidariedade, retrospectiva, projetos... isso contagia... Além do mais, a cidade tem mais luzes, mais música e as pessoas estão mais predispostas a serem gentis... até no caixa do supermercado te desejam feliz natal! Este ano, que tive férias em dezembro, as festas estão ainda mais gostosas, porque passei esses dias todos com Ernesto em tempo integral. Muito bom! Eu sei que logo as férias vão acabar e a rotina de trabalho me mantem afastada dele quase o dia todo. Mas ainda é cedo para sofrer com isso. Vamos curtir as festas primeiro. Por isso, desejamos à todos um Feliz Natal!!!

Lembranças da viagem...

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Domingo chuvoso e eu estou em casa, recordando os melhores momentos da minha viagem de férias com Ernesto até São Paulo. Nessa foto ele está observando o camelo. A visita ao zoológico, que eu já narrei nesse blog, foi uma maravilha, porque foram muitas novidades por todo o lado. Alguns animais ele tinha referência, dos desenhos animados ou apresentações da escolinha. Outros, como o camelo, ele lembrou de ter visto recentemente nas lapinhas de natal.

Em casa...

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Eu não lembro qual o pensador que disse "passaria a vida viajando, se tivesse outra para ficar em casa", mas concordo. É bom viajar, sair da rotina, visitar lugares, mas ter um canto para voltar depois de novas experiências, é muito gostoso... No percusso de volta, de Guarulhos até Maceió, com uma conexão em Salvador, percebi muitas pessoas viajando com crianças. Li sobre isso na revista de bordo da Gol. A matéria tinha depoimentos de pais que falavam das dificuldades e alegrias de viajar com os filhos. Um pai disse " é bom ver tudo como uma novidade pelos olhos dele", se referindo ao filho pequeno. A mesma sensação que eu tive ao ver Ernesto entusiasmado diante das luzes e formas da cidade de São Paulo. Também tinha um desabafo engraçado de uma mãe que assumiu "eu já viajei sozinha nas férias para ser tudo mais tranquilo, mas depois a saudade apertou e tudo perdeu a graça". Pois é, não é fácil andar por aí com um menininho elétrico de três anos, mas sem

Sem essa Supernanny

Hoje o Ernesto deu um "show" no restaurante do Sesc Vila Mariana. Enquanto eu estava na fila para buscar nossas bandejas de comida, ele transformou as latas de reciclagem de lixo em uma bateria e fez o maior barulho, correu de um lado para o outro jogando os chinelos para cima e quase trombou com as pessoas que equilibravam bandejas até a mesa... Tive que perder o meu lugar na fila e arrastar Ernesto para fora do restaurante para falar com ele. Como eu estava morta de vergonha e com muita raiva, ele percebeu que era sério e prestou atenção. Voltei de novo para o final da fila e ele esperou na mesa, um pouco mais comportado, mas não tanto... Em lugares que tem muitas crianças, ninguém liga para isso, porque todos os pais sabem que é dificil controlar tanta energia e são mais condecendentes e compreensivos uns com os outros. Quando um adulto está em dificuldades eles riem com cumplicidade e dizem "essas crianças"... Mas num lugar onde predominam adultos, eles olham

Os sons do universo são os sons do útero materno

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Ontem não consegui escrever. Estava exausta. Percorri quilômetros à pé no centro de São Paulo e, como tem muitos trechos onde o trânsito é perigoso, tive que carregar Ernesto no colo por várias vezes. Com pouco mais de um metro e 18 kg, ele não é mais nenhum bebezinho e pesa bastante, mesmo para uma mãe ansiosa em mostrar o mundo para ele... Pela manhã fomos ao Palácio das Indústrias, um prédio enorme, muito bonito,da década de 20 do século passado. No local foi instalada a Catavento, uma organização cultural. A exposição ainda é incompreensível para um menino de três anos que não tem conhecimentos básicos de física, biologia e química, mas vale despertar a curiosidade. E ele "brincou" com muitas coisas: descobriu o peixe Nemo no aquário das espécies aquáticas, ouviu o canto de pássaros de várias regiões brasileiras gravados em computador e acionou as turbinas de uma hidrelétrica em miniatura que produzia energia para iluminar uma pequena cidade. Mesmo que Ernesto não conh

Novidades demais...

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São quatro horas da tarde de uma terça-feira. Dia normal de trabalho para muita gente. Mas eu estou de férias e o tempo passa diferente para mim. Estou em São Paulo, hospedada na casa de uma grande amiga. Meu filho está dormindo tranquilamente, depois de percorrer o zoológico de ponta a ponta. Fico imaginando o que sonha uma criança de três anos depois de ter visto dezenas de bichos que para ela tem os nomes dos personagens de desenhos infantis... sim, porque ele chamou a zebra de Marty, o leão de Alex, o hipopótamo de Glória e a girafa de Melman. Nota dez em memorização dos personagens de Madagascar. Os outros animais, embora não tenham saído dos desenhos animados, também encantaram Ernesto. Foram quilometros percorridos com muitas novidades. Uma overdose de bichos para estafar uma criança que até ontem, pessoalmente, conhecia cachorros e gatos, além de alguns insetos... O melhor é poder enxergar o mundo pelos olhos dele: tudo tão encantador e cheio de aventuras! Eu já fui no zool

Maternidade...

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Meus amigos sabem que, fora os assuntos de trabalho, o tema mais recorrente nas minhas conversas é o meu filho de três anos. Também, pudera... por muito tempo priorizei a profissão. Há alguns anos, como educadora sindical, vivia uma vida muito tumultuada, entre greves e ocupações de terra, mudando de endereço muitas vezes... nesse contexto não dava para pensar em ser mãe... Depois, quando comecei a atuar como jornalista, era aquela correria e instabilidade, que todo colega conhece. Daí as coisas foram acontecendo: passei no concurso público da Ufal, conheci uma pessoa legal, no entanto, já parecia tão tarde... apesar de praticar atividades físicas e ter uma boa saúde, eu já estava com quase quarenta... Mas papai do céu é muito bom comigo e veio o Ernesto. Um menino lindo, cheio de saúde e imaginação, que está crescendo rápido. Nasceu de um parto normal relativamente tranquilo ( não dá para dizer que não doeu, mas não foi coisa de outro mundo). O parto já foi uma história. A bolsa

Começando a conversa

Inspirada em vários amigos, que não conseguem conter a profusão de pensamentos diante de tantos fatos diários, que acompanhamos por dever de ofício, também resolvi criar um blog. Ainda não pensei bem sobre que assuntos quero compartilhar com as pessoas, mas como o cotidiano é cheio de acontecimentos bizarros, não vai faltar sobre o que falar... Então vamos começando por experimentação, tateando o novo espaço para sentir como ele vai se desenvolver