Aqui estamos no arcano da separação...

Uma lição da mitologia, reproduzida nas cartas do tarot. Eros e Psique se amam e se casam. Psique era mortal, limitada por sua própria condição. Mas Eros era um deus, perfeito e superior. Por isso, o casamento tinha uma regra: Psique não poderia olhar o rosto do amado. No castelo erguido para viverem esse amor, Eros chegava sempre que anoitecia e as lâmpadas estavam todas apagadas...

Psique tentou se adaptar a essa rotina na escuridão, mas um dia, ao receber a visita de suas irmãs, foi convencida de que não poderia continuar assim e deveria confrontar o amado. Nesta noite, ela preparou uma lamparina e quando Eros chegou, iluminou o rosto dele. Eros fugiu, enraivecido por ter a confiança traída pela amada. Ela chorou ao perceber quanto o magoara...

Essa é a imagem do cinco de copas. Mas, apesar da dor da separação, analisando bem a carta, vemos que há uma esperança. Fica intacta uma taça, mesmo que as outras estejam caídas, a essência do amor permanece, o que indica a possibilidade de retorno, desde que os dois amadureçam. Eros deve aceitar as limitações de Psique. Psique deve aprender a confiar no marido imortal...

Na sequência do tarot, eles ainda passam por alguns obstáculos, mas depois se reencontram e se amam com mais profundidade, conhecendo melhor um ao outro, sem escuridões...

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