No escurinho do cinema...


Não fui assistir a Avatar logo quando entrou em cartaz em Maceió, ainda bem, porque ontem tive a oportunidade de ver o filme em 3D, no lançamento da primeira sala de cinema com essa tecnologia aqui na capital alagoana.

Foi incrível ver todas aquelas cores, a floresta, aqueles seres mágicos, se movendo como se pudessem sair da tela a qualquer momento. Realmente, é um recurso que envolve o espectador de uma forma que é impossível não reagir aos movimentos dos personagens...

Sobre o filme, considerei tudo o que disseram sobre ele ( e falaram muito nesse período). Mas, francamente, algumas coisas são bem básicas do cinema americano. É como recontar de várias formas aquele episódio ainda não digerido da história recente dos EUA: a derrota na guerra do Vietnã, na década de 60 do século passado.

Não sei a quantos filmes já assisti, com diferenças, mas o mesmo enredo da grande potência armamentista, derrotada por umas centenas de nativos, armados com a paixão pela terra em que vivem e por uma unidade ideológica que acaba minando a força inimiga.

Outros arquétipos também são encontrados em toda história que fala de uma nação primitiva: sempre tem tambores, religiosidade, uma árvore sagrada, um local para invocar os ancestrais. E são símbolos verdadeiros sim, mas com minha parcela de sangue indígena, eu dúvido que os "caras pálidas", mesmo bem intencionados, possam entender esses ritos como nós os sentimos.

Mesmo assim, adorei o filme... adorei o final em aberto, aliás, com os olhos bem abertos. Não vou entrar em detalhes porque vai que tem mais retardatários que ainda não viram a película... Recomendo, vejam em 3D e deixem as emoções fluirem. É, porque a tecnologia não adianta nada se a sua mente bloqueia essa imersão... Boa parte de todas essas coisas, são recursos da nossa mente, que os computadores ajudam a simular e compartilhar...

No mais, desde os velhos tempos do cinema mudo, a magia da sala escura está em pequenas coisas, muito significativas, como quando alguém especial segura a sua mão na hora da cena mais drámatica ou ter como encostar a cabeça num ombro aconchegante quando a trilha romântica está no ar...

foto: google

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