Um final feliz?! Bom, ainda não é o final...

Ontem pela manhã, iniciei o dia de trabalho na assessoria da Ufal triste com a informação de mais um menino desaparecido na capital alagoana. A mãe estava desesperada. Passou a noite sem dormir procurando por Ruan, de 9 anos. Ele saiu de casa, depois de uma discussão em que ela acabou batendo nele.

Essas histórias de mães procurando os filhos sempre me deixam com o coração apertado. Fiquei rezando por um desfecho positivo. Quando cheguei à tarde para trabalhar na TV, fiquei feliz com a informação de que o menino havia sido encontrado e estava voltando para casa.

A imprensa ficou mais de uma hora esperando na porta da casa pelo tão esperado abraço de mãe e filho. Mas, na verdade, a cena não foi tão bonita. O menino estava visivelmente constrangido e assustado. Não quis abraçar a mãe e nem fez cena para os jornalistas. Crianças são bem autênticas. Conversei com a familia depois, sem querer me intrometer demais em detalhes que não são da minha conta...

Mas parece que não era nada grave. Só uma crise, um período tenso, que envolve mudanças e separação dos pais. Ruan estava estressado com tudo isso e, pelo jeito, a mãe também andou perdendo a calma. A relação entre eles estava arranhada, mas nada que não possa ser superado com compreensão e carinho.

Saí de lá pensando como é difícil quando os dramas familiares acabam se tornando públicos por causa de um incidente como uma fuga, uma busca desesperada, que acaba atraindo a atenção da mídia e da sociedade. Separações e conflitos podem acontecer em qualquer lar, no caso do menino, só se tornou um caso de repercussão por causa da busca pelo filho, que mobilizou a polícia, os vizinhos e os jornalistas.

Mas tudo bem! Menos mal que o menino está em casa, bem e em segurança... O resto se resolve! Todos os dias temos que construir nossos finais felizes e eles sempre vem acompanhado de reticências

Foto da gazetaweb: Ruan é abraçado pela mãe e pela tia

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