Boa sorte sou eu!

Estava aqui vivenciando o meu dia da Mulher, com as mesmas obrigações rotineiras, mas fazendo mentalmente aquele balanço de ganhos e perdas. Cheguei a conclusão que me orgulho de mim e me amo bastante.

E isso não é fácil de dizer, mulheres são educadas para a culpa, desde a Igreja, que nos inculte a responsabilidade pelo pecado orginal, à Freud, que indica a mãe como mentora de todas as paranóias. Por isso, nos culpamos, nos exigimos, acreditamos que não somos suficientemente bonitas, não somos competentes à altura, não somos mães presentes em tempo integral e se o casamento falha, provavelmente é nossa culpa.

Mas... a essa altura da minha vida, já me conheço o suficiente para dar às minhas conquistas uma importância maior do que às minhas falhas. E posso ser tão tolerante comigo mesma, como tenho sido com todos os que me decepcionaram ou me magoaram nessa vida.

E posso ser tão agradecida a mim mesma por ter prosseguido, como sou grata a todos as pessoas que me ajudaram, e foram muitas, na minha trajetória. Eu estou bem, eu estou muito bem! Quando não tem mais ninguem para dizer isso, eu aprendi a me colocar no colo e dizer: "está tudo bem, vai dar tudo certo, voce vai saber encarar mais essa!"

Por isso, neste dia 8 de março, de novo povoam a minha mente as palavras de um poeta que eu já citei nesse blog, homem que amava homens e mulheres, e que tinha uma alma poderosa, Walt Whitman.

"A pé e de coração leve
eu enveredo pela estrada aberta
saudável, livre, o mundo à minha frente
à minha frente o longo atalho pardo
levando-me aonde eu queira

Daqui em diante, não peço mais boa sorte
Boa sorte sou eu
Daqui em diante não lamento, não transfiro
não careço de nada
Nada de queixas atrás de portas, de bibliotecas
De tristonha críticas
Forte e contente, vou eu pela estrada aberta"

foto: google

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