Professores são convidados a se "apaixonar" pelo sertão

"O sertão contagia". A afirmação foi da diretora do campus Sertão, professora Edméia Nunes, durante a abertura da semana de inserção dos novos docentes, iniciada neste segunda-feira, 1, na biblioteca da Ufal.

A reitora da Ufal, Ana Dayse Dorea, também destacou que a construção do campus Sertão é uma satisfação pessoal. “Como sertaneja, sei das dificuldades que enfrentei para cursar a universidade em Maceió. Eram dez horas de ônibus do sertão até a capital, e quando o rio Ipanema enchia, era preciso atravessá-lo de canoa, para pegar o transporte do outro lado”, lembrou a reitora.

Outra sertaneja emocionado com o início do funcionamento do campus em Delmiro Gouveia é a professora Elza Maria, , coordenadora de Cursos de Graduação. “Também sou sertaneja. Assim como a reitora, fiz um grande esforço para cursar a universidade na capital. Mas muitos amigos ficaram no interior sem essa possibilidade. Por isso, a interiorização da Ufal representa tanto”, disse Elza.

Muitas mudanças e muitas expectativas

Entre os quase quarenta docentes aprovados em concurso para o campus Sertão, muitos vieram de outros Estados, outros são formados pela Ufal e agora se preparam para um novo momento de suas carreiras profissionais.

Ligia dos Santos Ferreira, formada em Filosofia, com mestrado e doutorado em Letras, está entre os docentes que tem uma trajetória acadêmica ligada à Ufal. Ligia tem inclusive alguma experiência como docente na instituição, já que estava atuando como professora substituta, sem vínculo efetivo. “Agora é diferente. Aprovada em concurso, passo a fazer parte do quadro efetivo da Ufal. Ir para o sertão é mais um desafio. Espero colaborar com a formação dos estudantes, mas também ser participativos na hora de buscar melhorias”, disse Ligia. Ela está buscando casa para morar em Delmiro Gouveia, e vai iniciar a docência em uma condição especial, já que está grávida de três meses do primeiro filho. “Vai nascer um sertanejo”, comemorou a professora.

Mudança radical também para a professora Ana Cristina Conceição Santos, formada em pedagogia pela Uneb, mas com mestrado em Educação pela Ufal. “Eu atuava como professora das redes municipal e estadual em Salvador. Sempre morei no litoral, em uma capital de grande porte. Agora estou me preparando para atuar na universidade, numa região muito diferente da que estou acostumada”, relatou Ana Cristina.

Mas apesar de alterações no ritmo de vida, a professora Ana Cristina estava animada e fez questão de reafirmar o compromisso com uma educação transformadora, além de ressaltar a grande oportunidade de colaborar com a expansão da universidade. “Além disso, se eu sentir saudades da Bahia, a cidade de Paulo Afonso está ali perto”, brincou a professora.

Atraso nas obras não vai adiar o início das aulas

Apesar do atraso nas obras, segundo a reitora provocado, entre outro motivos, pelas dificuldades do terreno, as aulas serão iniciadas no dia 15 de março, temporariamente utilizando as instalações de uma escola estadual. "Não é justo adiar o ano letivo dos 320 alunos aprovados no primeiro vestibular do campus Sertão", disse a reitora.

Ele contou também que a empresa construtora está enfrentando mais dificuldades do que o previsto. "O terreno é todo de pedra, e está sendo dinamitado para colocar as fundações do campus", disse Ana Dayse aos novos docentes.

Leia a matéria completa no site da Ufal

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