Meu menino do Pelô

Uma das melhores recordações das minhas férias, em dezembro do ano passado, foi a viagem de navio que fiz com a minha irmã, Miriam, minha sobrinha, Carol (10 anos), e meu filho, Ernesto (3 anos).

Escolhemos um percurso curto, Maceió-Salvador-Maceió, pensando que talvez as crianças não se adaptassem bem ao balanço no mar. Que nada! Carol e Ernesto curtiram cada minuto. Desde a cabine, que tinha uma escotilha para observar aquele oceano à perder de vista e uma banheira que eles transformaram em piscina, até o último deck, onde a paisagem era feita de céu e mar, com todas as tonalidades possíveis.

Nenhum dos dois sentiu enjôo. Eles aprenderam rapidinho a andar pelos corredores, pegar o elevador e chegar aos lugares onde queriam:  a Pluto's House, que tinha brinquedos e recreações para a idade de Ernesto, e o deck do shopping, o preferido da Carol.

Quando chegamos a Salvador, tivemos dificuldade de disputar um táxi com turistas que iam fazer um tour completo pela cidade. Nós só queríamos ir até o Pelô. Fizemos então o trajeto a pé. Do porto ao elevador Lacerda foram só dois quarteirões. Subimos o elevador e caminhamos até o Pelourinho.

Ernesto e Carol se divertiram observando tudo. Mas a cena mais bonita para mim, foi quando Ernesto viu três crianças brincando, sentadas nas ruelas do Pelô: dois baianinhos e um menino com sotaque estrangeiro, de algum país de língua espanhola. As mães trabalhavam vendendo artesanato, e eles estavam por ali, com brinquedos espalhados na calçada.


Com a facilidade que Ernesto tem para se entrosar, ele foi chegando e conversando. Fiquei de longe olhando ele bater papo com os novos colegas, contando que chegou ali num "navio bem grande", e foi sentando no chão, pedindo licença para brincar, muito à vontade com a simplicidade da vida.

Um lugar novo, amigos novos, sem susto nem estranhamento... apenas compôs o cenário, o meu menino do Pelô...

fotos: arquivo pessoal

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